Somos uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), a funcionar desde 1988.
Os nossos Estatutos foram publicados no Diário da República, III Série, número 2 de 03/01/1990 e fomos reconhecidos como Instituição de Utilidade Pública no Diário da República, III Série, número 13 de 16/01/1991.
Temos em funcionamento um Centro de Atividades Ocupacionais (CAO), destinado a pessoas com deficiência intelectual que já concluíram o seu percurso escolar e que estão arredados do mercado normal de trabalho e da formação profissional. Consideramo-nos um CAO produtivo, ou seja, não temos apenas como objetivo a ocupação dos jovens, mas também que o material por eles produzido e os serviços por eles prestados sejam reconhecidos pela comunidade.
COMO TUDO COMEÇOU...
O aparecimento d'Os Malmequeres deveu-se ao facto de, em 1988, a família de um rapaz de 21 anos, portador de Trissomia 21, não encontrar qualquer tipo de resposta institucional, após a frequência de uma série de cursos de formação em diferentes áreas e também a tentativa de adaptação a diferentes postos de trabalho.
As atividades decorriam numas instalações que os pais do referido jovem adaptaram, a partir de uma arrecadação existente no seu próprio quintal. Para além dele, frequentavam esta "Oficina" outros três jovens que se encontravam nas mesmas condições e todas as despesas eram custeadas pelos pais deles.
Sob o impulso da mãe desse rapaz, Maria Custódia, juntaram-se familiares e amigos e iniciaram uma oficina de produção de brinquedos em madeira, para jardins de infância e escolas do 1.o Ciclo do Ensino Básico.
O NOME...
Um dia, muito tempo antes de formalizarmos a instituição, a amiga Ivone Almeida, de visita à "Oficina", como lhe chamávamos na altura, disse para os nossos jovens:
- Vocês sabiam que oficinas há muitas? Mas a nossa é especial. E que tal encontramos um nome que a distinga de todas as outras oficinas?
- Podemos chamar-lhe o nome de uma flor? - perguntou a Regina.
- Sim, claro que sim. A "Oficina" pode muito bem ter o nome de uma flor! - Hum... Os Malmequeres - respondeu, sorridente, a Regina.
Qualidade
Plano Anual
Plano Estratégico
Relatório de Satisfação
Relatório de Actividades
Relatório de Contas
Zona Industrial Casal Cego
Rua Casal Cego, nº 175
Marrazes 2415 - 315
geral@malmequeres.pt
244 851 111
A ludoteca, inicialmente fixa e só posteriormente itinerante, surge como uma necessidade de mostrar à comunidade que as pessoas com deficiência intelectual podem prestar serviços de qualidade. Ao levar também brinquedos produzidos pelos nossos utentes nas visitas da ludoteca, divulga-se o trabalho que é feito na instituição. Atingindo fundamentalmente o público infantil, pretendemos, tanto quanto possível, iniciar junto das crianças, uma mudança de mentalidade face à deficiência intelectual.
Uma carrinha da instituição (com dois técnicos e três utentes) desloca-se a jardins de infância, escolas, centros de tempos livres e outras entidades, levando várias atividades que são orientadas pelos utentes com a supervisão das técnicas
- uma história dramatizada em sombras chinesas
- um ateliê em que as crianças lixam e pintam um brinquedo em madeira, que fica na sua posse no final das atividades
- uma pequena ludoteca com um conjunto de jogos produzidos pelos utentes d’Os Malmequeres, com a função de ocupar as crianças que acabam o seu brinquedo ou que esperam pela sua vez para o iniciar
O brinquedo em madeira foi escolhido por ser uma atividade criativa que implica um grande número de pequenos passos, muito do agrado dos nossos utentes, por ser um produto de arte- sanato praticamente extinto e também por ser uma fonte de financiamento para a instituição.
Desde o início houve a preocupação da instituição ser um simples local de ocupação dos utentes, mas sim um espaço criativo, digno que permitisse um trabalho com sentido para cada um dos utentes. Assim, entre 1996 e 1998 foi levado a cabo um longo processo de formação, para utentes e monitoras, orientado pelo Taller Malasaña de Madrid, que permitiu que os brinquedos criados na nossa instituição sejam realizados a partir de desenhos originais dos nossos utentes.
- Escolhe-se o tema a trabalhar.
- Comunica-se o tema aos utentes.
- Propõe-se aos utentes que façam um primeiro desenho sobre o tema.
- Desenvolvem-se sessões “teóricas” com os utentes para aprofundamento do tema.
- Faz-se uma sessão para perceção e análise, em grupo, de uma série de imagens (em vídeo, diapositivos, acetatos, livros, etc.) que representam o tema que se está a tratar.
- Realizam-se visitas de estudo relacionadas com o tema.
- Propõe-se aos utentes que realizem novos desenhos sobre o tema.
- Elaboram-se uma série de exercícios de cor e textura que vão aplicar-se ao novo brinquedo, - Seleciona-se o desenho que, de seguida, é pintado em papel, com acrílico, e são aplicados os exercícios feitos anteriormente.
- Reproduz-se o desenho na madeira.
- Corta-se (o que é, sempre, trabalho de monitora dados os riscos implicados),
- Lixa-se e pinta-se o brinquedo as vezes necessárias até ficar perfeito.
- Pássaros
- Galinhas
- Peixes
- Mamíferos
- Figura Humana - Transportes
- Flores - Insetos
Ludoteca Itinerante;
Produção;
Atividades de Dinamização;
Exposições-venda.
Saídas;
Visitas de estudo;
Campo de Férias;
Projeto “Os Amigos”
Apoio Pedagógico
Hora do Conto
Atividades de Vida Diária
Reuniões de Avaliação das Atividades
Sessões de Dinâmica de Grupo
Tarefas de responsabilidade
Atividades de Suporte (alimentação, higiene e transportes)
Participação em Festas
Participação em diferentes projetos
Atividades de Segurança
Atividades livres da hora de almoço
Atividades Cívicas
Visitas recebidas
Intercâmbios
Caminhadas/Ginástica
Movimento Expressivo e Criativo
Jogos
Atividades livres da hora do almoço.
Este projeto é desenvolvido em parceria com um grupo de voluntários e duas técnicas da instituição que, uma vez por mês, desenvolvem atividades de caráter cultural, recreativo ou de lazer, realizadas em espaços públicos da comunidade (museus, cafés, teatros, cinema, praias, etc.), durante os fins de semana, períodos de férias ou final de dia.
A inscrição neste projeto foi realizada em dezembro de 2008, mas só em 2009 é que se iniciou n’Os Malmequeres. Este projeto tem como objetivo a adoção, por parte de instituições, escolas ou mesmo particulares, de um troço de rio, de forma a conhecer as características e a ir monitorizando as alterações que nele vão acontecendo.
Prevê-se para 2017 a realização de obras de alargamento do nosso edifício, que permitirão, não só a melhoria da qualidade das pessoas que trabalham na instituição, como o alargamento dos serviços prestados a mais utentes.